O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmou um contrato de financiamento no valor de R$ 10 milhões com um consórcio de organizações negras para fortalecer as instituições de memória da Pequena África, uma área histórica no Rio de Janeiro. O projeto, denominado Viva Pequena África, visa revitalizar o sítio arqueológico Cais do Valongo, reconhecido pela Unesco como Patrimônio Cultural Mundial, e busca arrecadar um total de R$ 20 milhões para a iniciativa.
O consórcio, composto pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), PretaHub e Diaspora.Black, implementará o projeto em cinco eixos principais. Estes incluem investimentos em projetos culturais e na criação do Selo Viva Pequena África, além de seminários e mapeamento de territórios de memória afro-brasileira. A proposta é destacar a Pequena África não apenas como um local de memória e resistência, mas também como um polo de desenvolvimento econômico sustentável e afroturismo.
O BNDES destacou que a escolha do consórcio levou em conta critérios de equidade racial e a participação ativa das comunidades locais. O objetivo é evitar a gentrificação e exclusão social frequentemente associadas a projetos de revitalização urbana. Além disso, o banco assinou compromissos com a igualdade racial e aderiu ao Movimento pela Equidade Racial (Mover) e ao Índice de Equidade Racial nas Empresas (Iere).