A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (3) a terceira fase da operação Encilhamento, com mandados de busca e apreensão em cidades de Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina. A ação visa desmantelar um grupo criminoso especializado em fraudes contra institutos de previdência municipais. Os suspeitos são acusados de oferecer vantagens indevidas a agentes públicos para facilitar aplicações fraudulentas, enquanto empresas de consultoria manipulavam dados e documentos.
A operação atual segue investigações anteriores que identificaram 28 institutos de previdência municipais envolvidos em investimentos fraudulentos em fundos inidôneos, com um prejuízo estimado em R$ 98 milhões. A primeira fase da operação ocorreu em São Paulo, e a segunda fase resultou em buscas em Pouso Alegre e Rio Claro. A quadrilha operava com empresas de fachada que adquiriam títulos e debêntures sem lastro, beneficiando-se de comissões significativas.
Na nova fase, foram apreendidos computadores, celulares e documentos que devem fornecer mais evidências sobre a ação criminosa. Os suspeitos enfrentam acusações de associação criminosa, gestão fraudulenta, fraude à licitação, e corrupção passiva e ativa. O delegado Joaquim Mesquita destacou que o dinheiro dos servidores públicos foi desviado para fundos fraudulentos, com uma empresa de Rio Claro participando ativamente no esquema.