No dia 22 de dezembro de 2021, Raphael da Silva Lima, gestor do Resort Digital em Porto Feliz, foi abruptamente dispensado, às 21h, e teve que deixar a fazenda com sua família, incluindo um bebê, sem tempo para se organizar. Após encontrar uma pousada lotada, a proprietária permitiu que passassem a noite na recepção. Lima processou o Resort Digital por danos morais, alegando que a dispensa repentina causou humilhação e sofrimento, o que foi confirmado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-15).
A empresa, que tem Pablo Marçal como um dos sócios, foi condenada a pagar R$ 50 mil de dano moral e a quitar valores referentes ao registro profissional de Lima. A defesa do Resort Digital alegou que não foram apresentadas provas concretas da expulsão, e o recurso da empresa foi negado pelo TRT-15 em fevereiro de 2023. Lima não tinha registro em carteira e acumulou dívidas, recebendo R$ 1.997,00 mensais e emitindo nota como pessoa jurídica para reduzir impostos.
O caso, que ainda pode ser levado ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), revela a precariedade das condições de trabalho e a falta de direitos básicos como aviso prévio, férias e FGTS, enfrentados por Lima durante seu tempo no resort. A decisão em primeira instância, proferida em agosto de 2022, foi mantida pelo TRT-15, confirmando a seriedade do dano moral sofrido pelo ex-gestor.