Steve Bannon, o ex-assessor de Donald Trump, se negou nesta terça-feira a responder às numerosas perguntas dos legisladores sobre os vínculos da campanha eleitoral do atual presidente americano com a Rússia.
Bannon foi interrogado, durante mais de sete horas, por membros da Comissão de Inteligência da Câmara de Representantes.
Largamente descrito como a eminência parda da campanha de Trump até renunciar, em agosto passado, à chefia de estratégia da Casa Branca, Bannon evitou responder às perguntas recorrendo à prerrogativa presidencial, que permite ao presidente e a altos funcionários do Executivo omitir certas informações ao Congresso ou à Justiça.
Tudo o que ocorreu enquanto Steve Bannon esteve na Casa Branca ou durante a transição (presidencial), todas estas comunicações estão fora do nosso alcance. Há muitas perguntas para as quais não obtivemos resposta devido a esta nova teoria da prerrogativa presidencial, lamentou Jim Himes, membro democrata da comissão.
A negativa de Bannon em responder levou o presidente da Comissão, o republicano Devin Nunes, a emitir uma citação judicial para obrigá-lo a cooperar sob o risco de ser declarado em desacato.
O papel de Bannon na campanha eleitoral e na Casa Branca poderia proporcionar detalhes cruciais à Comissão, que investiga os contatos entre Trump e seus conselheiros com representantes russos durante a campanha presidencial de 2016.
Esta e outras comissões do Congresso investigam a suposta colusão da campanha de Trump com os russos para minar a candidatura da democrata Hillary Clinton.
Bannon, 64 anos, antigo confidente de Trump, foi uma poderosa figura na campanha à Casa Branca e nos primeiros meses de governo, quando defendeu um nacionalismo de linha dura que abalou a política doméstica e internacional dos Estados Unidos.
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