A Casa Branca disse nesta quinta-feira (15) que vai aconselhar o presidente Donald Trump a vetar o projeto bipartidário de imigração, pressionando o Senado dos Estados Unidos, que busca um acordo para proteger jovens imigrantes da deportação.
A proposta de acordo, que dá a 1,8 milhão de imigrantes dreamers o caminho para obter a cidadania e aumenta a segurança nas fronteiras, parece estar ganhando adeptos no Senado, embora Trump tenha defendido energicamente seu próprio projeto de lei, similar nestes pontos, mas que ainda restringe a imigração legal.
O projeto bipartidário, apresentado por oito republicanos e oito democratas, mudaria drasticamente nossa política nacional de imigração para pior, debilitando a segurança nas fronteiras e socavando a lei de imigração existente, disse em comunicado a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.
Se fosse apresentado ao presidente um projeto de lei que incluísse essa emenda, seus assessores lhe recomendariam o veto, acrescentou.
A ameaça de vetar é um balde de água fria para o que foi descrito por alguns republicanos como a proposta de imigração mais viável no Senado – onde os membros lutam para aprovar um projeto antes do fim desta semana.
A questão central é qual projeto pode receber 60 votos – o mínimo para a legislação avance no Senado, que tem 100 membros, dos quais 51 são republicanos.
Esse é o único projeto de lei que se ocupa de questões de imigração com amplo apoio bipartidário, disse à imprensa a senadora republicana Susan Collings, fundadora da Coalizão pelo Senso Comum, que elaborou a medida.
A Casa Branca alertou que o projeto de lei de Collins impede a execução de ações legais contra pessoas que entrem no país antes de junho de 2018, o que produziria uma avalanche de novos imigrantes ilegais nos próximos meses.
O governo se compromete a encontrar uma solução permanente, justa e legal para o Daca, acrescentou Sanders. Mas esta emenda só agravaria o problema.
O futuro do 1,8 milhão de jovens que chegaram ilegalmente ao território americano ainda eram crianças é incerto desde que Trump cancelou o programa Daca em setembro de 2017 e deu ao Congresso prazo até 5 de março para um acordo definitivo sobre o destino de seus beneficiários.
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