A defesa de Michel Temer formalizou nesta quarta-feira o pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o depoimento escrito do presidente só ocorra após a conclusão da perícia do áudio da conversa gravada entre ele e o delator Joesley Batista, dono da JBS.
O advogado Antonio Mariz, contratado para defender o presidente, já tinha anunciado que seu cliente não deveria responder a questões sobre o áudio até que a perícia da Polícia Federal (PF) fosse concluída. O depoimento de Temer foi autorizado nesta terça-feira pelo relator da Lava-Jato no STF, ministro Edson Fachin, e será tomado por escrito, em data ainda não definida.
Temer, depois de receber da Polícia Federal (PF) o interrogatório pedido pela Procuradoria Geral da República (PGR), terá prazo de 24 horas para respondê-lo por escrito.
O ministro do STF Edson Fachin, relator da Lava-Jato na Corte, já determinou que as perguntas sejam enviadas à PF assim que forem concluídas as investigações. De acordo com ele, isso deve ocorrer em até dez dias.
Joesley gravou a conversa que teve com Temer em 7 de março, no Palácio do Jaburu, sem conhecimento do presidente. No áudio, o empresário fala com Temer sobre pagamento de propina ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e a um procurador da República, e também pede para o presidente ajudá-lo a pressionar o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
O áudio está sendo periciado pela PF e, segundo a defesa de Temer, foi manipulado. No entanto, em nenhuma entrevista recente o presidente desmentiu o conteúdo das conversas ou ao menos negou o encontro, que ocorreu fora da agenda oficial, no porão do Palácio do Jaburu. A polícia pediu prazo de 30 dias para concluir o trabalho. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 33257