RIO DE JANEIRO. O fim da cobrança adicional na conta de luz conseguiu compensar a alta no preço dos alimentos e transportes no primeiro mês deste ano. Com isso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, subiu 0,29% em janeiro, após avançar 0,44% em dezembro, divulgou nessa quinta-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa foi a taxa mais baixa para o mês desde o Plano Real, em 1994. No acumulado em 12 meses, o índice subiu 2,86%.
Quase todos os grupos analisados registraram alta em janeiro, com exceção de habitação (-0,85%) e vestuário (-0,98%). A maior variação foi em transporte (+1,1%), impulsionado, principalmente, pelos combustíveis, que variaram 2,58% no mês passado.
A gasolina, com alta de 2,44%, teve o maior impacto individual no indicador. O etanol subiu 3,55%. Apesar disso, o grupo registrou desaceleração na taxa, que em dezembro subiu 1,23%. Isso se deu, principalmente, devido às passagens aéreas, que passaram de alta de 22,28% em dezembro para queda de 1,35% em janeiro.
O grupo educação também teve alta, de 0,22%, devido à volta às aulas, ao reajuste das matrículas e os gastos com material escolar. Os serviços, por sua vez, seguem muito acima da média geral da inflação, mas desaceleraram pelo quarto mês seguido. Passaram de 4,51% em dezembro para 4,3% em janeiro.
Quanto ao comportamento por região, Brasília registrou a menor taxa (-0,15%), sob influência de itens como energia (-5,19%) e gasolina (-1,68%). O maior índice foi em Vitória (0,70%) sobressaindo a gasolina (3,55%) e o tomate (74,68%). A previsão do mercado é de que a inflação fechará 2017 em 3,94%, abaixo da meta de 4,5%, mas dentro do intervalo de tolerância (entre 3% e 6%).
INPC. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), também divulgado nessa quinta-feira (8) pelo IBGE, teve um avanço de 0,23% em janeiro, após alta de 0,26% em dezembro. Com o resultado, o índice acumula elevação de 1,87% em 12 meses. Em janeiro de 2017, o INPC havia sido de 0,42%. O indicador mede variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos e chefiadas por assalariados.
Alimentação e bebidas sobem 0,74%
As famílias brasileiras pagaram mais por alimentação em janeiro. O grupo alimentação e bebidas saiu de alta de 0,54% em dezembro para aumento de 0,74% em janeiro, segundo o IBGE. O grupo, que responde por 25% das despesas das famílias, passou de uma contribuição de 0,13 ponto percentual para o IPCA de dezembro para um impacto de 0,18 ponto percentual sobre a inflação de janeiro, atrás apenas da contribuição do grupo transportes (alta de 1,10% e impacto de 0,20 ponto percentual em janeiro). A alimentação no domicílio saiu de aumento de 0,42% em dezembro para alta de 1,12% em janeiro. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 51401