A escolha de uma jovem miscigenada para viver Joana dArc na França gerou uma onda de insultos racistas nas redes sociais.
Mathilde Edey Gamassou, de 17 anos, de pai beninense e mãe polonesa, foi eleita entre 250 candidatas para interpretar Joana dArc, heroína nacional, nas festas realizadas anualmente na cidade de Orleans (centro).
A decisão foi amplamente criticada em sites de extrema direita, com internautas considerando-a uma tentativa de transformar a história da França. Os comentários racistas inundaram também as redes sociais.
Bénédicte Baranger, presidente do comitê Joana dArc, lamentou a polêmica e disse que esta jovem foi escolhida por sua personalidade interessante.
Além disso, a secretária de Estado encarregada da igualdade entre homens e mulheres, Marlène Schiappa, disse nesta quinta-feira em um tuíte que o ódio racista (…) não tem lugar na República francesa.
Afirmando seguir as ordens de Deus, Joana dArc guiou os franceses em uma batalha contra os ingleses durante a Guerra dos Cem Anos, entre os séculos XIV e XV. Em 1431, foi queimada na fogueira como herege, e anos depois foi beatificada.
– BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 52935