O presidente argentino, Mauricio Macri, se reunirá em Davos com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, e com os primeiros-ministros de França, Manuel Valls, Grã-Bretanha, David Cameron, Israel, Benjamin Netanyahu, entre outros chefes de Estado, em uma agenda de alto perfil político.
Macri, cuja viagem marca a volta da Argentina ao Fórum Econômico Mundial depois de mais de uma década, chegará na quarta-feira à Suíça e se reunirá com Biden na quinta, de acordo com a agenda oficial divulgada nesta segunda-feira por uma fonte do governo.
Nesse mesmo dia se reunirá com o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, e com a Rainha Máxima, para depois comparecer aos encontros bilaterais com Valls, Cameron, Netanyahu e o presidente da Confederação Suíça, Johann Schneider-Ammann.
A reunião com Peña Nieto ocorrerá na sexta-feira, 22, em uma das últimas atividades oficiais de uma agenda que também prevê reuniões com os CEO de empresas como Dow Chemical, Shell, Facebook, Google, Coca-Cola, entre outras.
Macri partirá de Buenos Aires às 21H00 GMT (19h00 de Brasília), em um voo comercial da companhia Air France, com a primeira-dama, Juliana Awada; o chefe de Gabinete, Marcos Peña; e Sergio Massa, deputado e ex-rival pela presidência, informou a agência oficial Telam.
A Argentina voltará a Davos com uma mensagem de abertura ao mundo. O fórum será celebrado nessa localidade turística dos Alpes suíços de 20 a 23 desse mês.
Macri foi finalmente autorizado pelos médicos a viajar, depois de dúvidas na semana passada por uma fissura de costela sofrida há 10 dias quando brincava com sua filha mais nova.
Os ministros da Fazenda, Alfonso Prat-Gay, e das Relações Exteriores, Susana Malcorra, viajarão separadamente, segundo a mesma fonte.
Macri assumiu um governo liberal no dia 10 de dezembro do ano passada e o retorno argentino a Davos acontece em meio a uma série de mudanças políticas na oposição aos governos de centro-esquerda de Néstor e Cristina Kirchner, que em 2003 se afastaram desse fórum.
Vamos a Davos lembrar ao mundo que existimos, disse Prat-Gay na última quinta-feira à imprensa estrangeira.
A Argentina precisa reativar uma economia estagnada com um deficit de quase 6% do PIB, uma inflação projetada para 2016 entre 20 e 25% e um crescimento que na melhor das hipóteses chegará a 1% nesse ano.
É um momento propício para a Argentina porque para muitos investidores não há para onde ir porque as dificuldades estão praticamente no mundo todo, disse Prat-Gay. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 1059