O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta terça-feira (25), que o país não sofrerá um golpe parlamentar. O comentário foi feito depois que a Assembleia Nacional aprovou a abertura de um julgamento sobre a responsabilidade política de Maduro.
Não vamos permitir um golpe parlamentar na Venezuela, disse o mandatário que, no Palácio de Miraflores, sede do governo, acompanhado de milhares de chavistas, convocou uma reunião para esta quarta-feira (26) para falar da situação política do país.
Maduro também comentou que a Constituição do seu país outorga ao presidente o poder de defender o direito à liberdade, à democracia e à vida do povo venezuelano.
Nas ruas, os chavistas repetiam gritos como o povo o quer, dissolva a Assembleia e Venezuela não é Brasil, fazendo alusão ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Em discurso, o presidente disse que o que está acontecendo na Assembleia está se transformando em um espaço de maldade e de amargura e que nem [Barack] Obama, nem a direita e nem nenhum império poderão com a força do povo chavista bolivariano.
A decisão do parlamento – em uma agitada sessão – foi a de iniciar um julgamento político e legal contra Maduro por ruptura da ordem constitucional e abandono a suas funções. Além disso, o sucessor de Hugo Chavéz também foi acusado de promover um golpe de estado ao suspender o processo que convocava um referendo revogatório de seu mandato, que tem fim em 2019.
Com a abertura do julgamento, a Assembleia ordenou que o presidente venezuelano compareça à sessão da próxima terça-feira, dia 1º, o que deve ser recusado por Maduro que, como a Suprema Corte do país, considera o órgão ilegítimo.
– BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 20196