O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, apresentou nesta quarta-feira (14) sua renúncia, reivindicada pela oposição após o assassinato em fevereiro de um jornalista que investigava sobre corrupção, Jan Kuciak.
Hoje ofereci minha renúncia ao presidente da República, Andrej Kiska, declarou o primeiro-ministro eslovaco. Se o presidente a aceitar, estou disposto a renunciar amanhã, acrescentou.
Fico fez seu anúncio na presença dos chefes dos partidos da coalizão governamental, Most-Hid (centro direita, ligada à minoria húngara) e do Partido Nacional Eslovaco (SNS, direita nacionalista), Bela Bugar e Andrej Danko, após um encontro com o presidente eslovaco.
Segundo Fico, 53 anos, o país se arrisca a mergulhar no caos se os homens da oposiçao atual tomarem o poder. Ele quer evitar eleições antecipadas.
Jan Kuciak, morto a tiros com a namorada, havia investigado sobre corrupção e os supostos laços entre homens políticos eslovacos e empresários italianos suspeitos de ter vínculos com a máfia calabresa, a Ndrangheta.
O assassinato provocou uma crise política no país e levou às ruas dezenas de milhares de eslovacos para protestar contra a corrupção e pedir a saída de Fico.
Segundo pesquisa recente feita pelo Instituto Focus, 62% dos eslovacos se pronunciam a favor da renúncia de Fico, contra 13% que consideram que ele deveria ficar.
Segundo o jornal Sme, o vice-premiê Peter Pellegrini, de 42 anos, poderia ser candidato do partido Smer-SD, à sucessão de Fico como chefe de governo.
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