O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, afirmou que a presidente Dilma Rousseff recebeu com indignação e tristeza a decisão da Câmara dos Deputados de enviar o processo de impeachment ao Senado.
Quem é favorável à democracia não pode ser favorável ao que ocorreu hoje, declarou Cardozo após a votação que decidiu, por 367 votos a favor (eram necessários 342 de um total de 513), que o trâmite prossiga na instância definitiva do Senado.
Esta decisão não abaterá a presidente, que não tem apego a cargos, mas dedicou sua vida a lutar pela democracia, frisou.
Segundo Cardozo, se alguém acredita que ela se curvará frente ao que acomteceu hoje, se equivoca, pois ela lutará assim como lutou contra a ditadura para evitar que haja outro golpe de Estado.
O advogado geral voltou a desqualificar as acusações, que se fundamentam nas chamadas pedaladas fiscais.
Não há um argumento que ponha em xeque a honestidade da presidente, afirmou Cardozo sobre as acusações.
Não é isto o que a Constituição prevê para um processo de cassação, acrescentou, além de alegar que se o processo contra Dilma for aprovado no Senado, o país lembrará o episódio ocorrido hoje como o golpe de abril de 2016.
– EFE – I3D 8281