O presidente Donald Trump revelou nesta segunda-feira (12) um plano para modernizar a infraestrutura dos Estados Unidos, marcando um retorno às prioridades domésticas após anos de gastos militares.
Depois de gastar estupidamente 7 trilhões no Oriente Médio, é hora de começar a investir em NOSSO país, tuitou Trump nesta segunda.
Esta será uma grande semana para a infraestrutura, disse no Twitter.
A iniciativa inclui 200 bilhões de dólares de fundos públicos para diversas obras. Também aponta para estimular contribuições de 1,3 trilhão de dólares de estados e empresas para modernizar estradas, pontes e aeroportos que Trump considera que estão em péssimas condições.
Funcionários da Casa Branca dizem que o programa implica em um retorno às prioridades nacionais e que 50 bilhões de dólares serão voltados para modernizar infraestruturas de áreas rurais, muitas das quais foram cruciais para dar a vitória a Trump nas eleições de 2016.
O plano também busca eliminar barreiras burocráticas à construção, como inspeções de segurança ambiental e a necessidade de obter permissões de vários organismos do Estado, disse a Casa Branca.
Estão incluídos no programa cerca de 100 bilhões de dólares para incentivar investimentos estaduais, municipais e do setor privado.
Também nesta segunda-feira, o governo dos Estados Unidos deve começar o tortuoso processo de ajustar o orçamento federal de 2019, quando recentes cortes de impostos e compromissos de gastos geraram o risco de um maior endividamento.
Agora será o Congresso que irá debater o programa de infraestruturas e o orçamento. Espera-se que Trump receba nesta semana legisladores democratas e republicanos para decidir sobre esses temas.
– Um plano sustentável? –
O plano com certeza gerará críticas dos que questionam que o governo gaste dinheiro ao mesmo tempo em que reduz impostos e déficits são vislumbrados.
O diretor de Orçamento da Casa Branca, Mick Mulvaney, disse, ao contrário, que o plano demonstra uma adequada administração de gastos.
Como qualquer família americana, o orçamento oferece opções: gastos que devemos fazer, cortes no que podemos e redução do que pedimos emprestado, disse Mulvaney no sábado.
No entanto, Mickey Levy, economista chefe da Berenberg Capital Markets, disse que o programa coloca os Estados Unidos em um caminho insustentável.
Ele indicou que a legislação orçamentária acrescenta despesas ao governo federal quando as receitas fiscais crescem, mas os déficits já são altos e a dívida é desconfortavelmente alta e crescente, declarou em nota.
Neste contexto, é fiscalmente irresponsável aumentar os gastos, afirmou.
– BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 51858