Um pequeno grupo de manifestantes queria protestar na tarde de hoje (23) dentro da loja do Carrefour Sudoeste, Avenida T-9, mas foram impedidos de entrar, o que deixou os ânimos bem exaltados. Como resposta, o grupo ameaçou impedir amanhã (24) a abertura do hipermercado, onde aconteceu o protesto.
“Não era dessa forma que esperamos ter sido recebidos com porta cara. Mas amanhã consumidor e nem funcionários nem precisam aparecer, porque vamos chegar cedo e o supermercado não vai abrir”, garantiu a manifestante Ieda Leal.
Forças especializadas da polícia militar, como a tropa de choque foram chamadas, mas o protesto permaneceu tranquilo, sem confronto.
Os grupos antirracistas protestaram contra a morte de João Alberto. As investigações apontam que o homem negro teria morrido por asfixia depois de um desentendimento com seguranças de uma loja do Carrefour em Porto Alegre na semana passada.
Os manifestantes mostraram dados do atlas da violência 2020 que revelam que 75,7% dos homicídios no Brasil são de negros e de 4.519 mulheres mortas, 68$ são mulheres negras.
Os grupos picharam e jogaram tintas nos portões do hipermercado, queimaram cartazes e escreveram frases de protesto no chão. Depois finalizaram a manifestação.