Uma investigação da Polícia Federal revelou o envolvimento de militares, conhecidos como “kids pretos”, em atos antidemocráticos no Brasil. De acordo com as investigações, membros do entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro convocaram esses militares das forças especiais para atuarem em ações golpistas. Entre os alvos da operação estão nomes como Marcelo Câmara, Rafael Martins, Braga Netto e Augusto Heleno. Os “kids pretos” são militares da ativa ou da reserva do Exército, especializados em operações especiais, e são treinados para missões de alto risco e sigilo.
A investigação da Polícia Federal apontou que o entorno de Bolsonaro discutiu medidas antidemocráticas para reverter o resultado das eleições de 2022, incluindo o uso de militares com formação em Forças Especiais nos atos golpistas. Reuniões eram realizadas para orientar os manifestantes, mostrar locais de atuação e financiar as ações por meio das Forças Armadas. Os “kids pretos” são especializados em operações de guerra irregular, sabotagem, inteligência e planejamento estratégico. Atualmente, estima-se que o grupo conte com cerca de 2,5 mil militares.