O governo brasileiro expressou grande preocupação com o anúncio de uma ofensiva militar israelense em Rafah, Faixa de Gaza, ordenada por Benjamin Netanyahu. O plano de retirada da população civil de Rafah, considerado o último reduto do Hamas, levantou temores de deslocamento forçado e mais vítimas civis, em meio a um cenário de crise humanitária. O Brasil condenou veementemente a ação, destacando a necessidade de proteger os civis palestinos e enfatizando a importância de encerrar o conflito e libertar os reféns do Hamas.
Estima-se que cerca de 80% dos habitantes de Gaza tenham sido obrigados a deixar suas casas, com a maioria buscando refúgio em Rafah devido aos bombardeios e ações militares israelenses. O governo brasileiro reforçou o compromisso com uma solução de dois Estados, defendendo a coexistência pacífica entre Israel e um Estado da Palestina viável, com fronteiras mutuamente acordadas. A situação em Rafah e a guerra entre Israel e Hamas serão temas abordados pelo ex-presidente Lula durante sua viagem ao Egito e à Etiópia, onde se reunirá com autoridades locais e participará de agendas na Liga dos Estados Árabes.
O posicionamento do Brasil reflete a preocupação internacional com a escalada do conflito em Gaza e os impactos humanitários e de segurança decorrentes das ações militares em Rafah. A condenação do plano israelense de ocupação temporária de Rafah e a ênfase na proteção dos civis palestinos evidenciam a busca por uma solução pacífica e duradoura para o conflito israelo-palestino, respeitando os direitos e a segurança de ambas as partes envolvidas.