A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro por associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações, relacionados à falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19 para ele e sua filha. Segundo o relatório da PF, Bolsonaro teria ordenado a falsificação dos documentos ao seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, que confirmou o pedido em colaboração premiada. O caso envolveu diversos outros indivíduos, incluindo políticos, militares e profissionais de saúde.
A investigação apontou que o grupo, liderado por Bolsonaro, inseriu informações falsas no sistema do Ministério da Saúde para beneficiar o ex-presidente, seus familiares e colaboradores. O relatório da PF destaca que todas as pessoas envolvidas na falsificação tinham plena ciência das ações e solicitaram ou determinaram as inserções fraudulentas nos sistemas. Com o indiciamento, o caso segue para análise do Ministério Público Federal, que decidirá se apresentará denúncia contra Bolsonaro e os demais envolvidos. A defesa do ex-presidente considerou o indiciamento absurdo, alegando perseguição política e tentativa de minar seu capital político.
A defesa de Jair Bolsonaro, representada pelo advogado Fabio Wajngarten, reagiu ao indiciamento classificando-o como absurdo e lamentável. Wajngarten argumentou que o ex-presidente, durante seu mandato, não precisava apresentar certificados de vacinação em suas viagens e afirmou que o caso é uma perseguição política. O advogado também criticou a divulgação da informação e alertou sobre o oportunismo de candidatos que tentam se beneficiar do atual contexto político.