Deputados e senadores de oposição divulgaram uma nota e realizaram uma coletiva de imprensa nesta terça-feira para criticar o inquérito das fake news, aberto há 5 anos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação, que visa desmantelar uma rede de desinformação e ataques a autoridades e instituições, é acusada de espalhar discurso de ódio e mentiras de forma organizada na internet. Os parlamentares alegam que o inquérito, conduzido pelo ministro Dias Toffoli desde 2019, tem prejudicado as prerrogativas do parlamento e se transformou em um mecanismo de censura contra críticos das decisões do STF.
Os parlamentares da oposição destacam que o inquérito já dura 5 anos, um período considerado incomum, e argumentam que ele quebra a normalidade democrática. Além disso, apontam recentes buscas e apreensões em gabinetes parlamentares realizadas com base em indícios frágeis. Em resposta, a Câmara dos Deputados estuda um projeto de lei para restringir as investigações e operações contra parlamentares, visando garantir a autonomia do Legislativo diante do Judiciário.
A crítica da oposição ao inquérito das fake news do STF ganha destaque ao questionar a duração e os métodos da investigação, ressaltando a preocupação com a possível censura e a interferência nas atividades parlamentares. Os parlamentares enfatizam a importância de preservar a normalidade democrática e as prerrogativas do Legislativo, sinalizando um embate em curso entre os poderes Executivo e Judiciário no Brasil.