A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados realizou uma audiência pública para discutir a escassez de médicos hepatologistas no Sistema Único de Saúde (SUS), especialidade essencial no tratamento de doenças do fígado. O deputado Jorge Solla (PT-BA) enfatizou a necessidade de formar mais profissionais e reformular a remuneração para atrair jovens talentos à área. Atualmente, o Brasil conta apenas com 516 hepatologistas com Registro de Qualificação de Especialista (RQE), o que contribui para a falta de prevenção e tratamento adequado, resultando em alta mortalidade entre pacientes com cirrose.
A escassez de especialistas em hepatologia no país reflete desafios estruturais no sistema de saúde brasileiro, evidenciando a importância de investimentos em capacitação profissional e mudanças na política de remuneração dos médicos. A falta de prevenção e tratamento eficaz para doenças hepáticas como a cirrose tem impactos significativos na saúde pública, levando a altas taxas de mortalidade entre os pacientes. A atenção à formação de novos profissionais e à valorização da especialidade são cruciais para melhorar o acesso e a qualidade dos serviços de saúde relacionados ao fígado no Brasil.
Diante do cenário apresentado, a discussão sobre a falta de médicos hepatologistas no SUS destaca a urgência de medidas que visem suprir essa carência e garantir um atendimento adequado aos pacientes com doenças hepáticas. A iniciativa do deputado Jorge Solla em promover o debate e buscar soluções para o problema demonstra a necessidade de ações concretas para enfrentar os desafios na saúde brasileira, especialmente no que diz respeito à especialização médica e à oferta de serviços especializados no âmbito do sistema público de saúde.