O Fundo Monetário Internacional (FMI) não identificou pressões imediatas sobre a dívida pública dos Estados Unidos, mas expressou preocupações de longo prazo em relação ao crescimento da dívida e à dependência de financiamento de curto prazo. Segundo o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, o aumento da dívida e a necessidade de financiamento de curto prazo podem levar a refinanciamentos mais frequentes, o que gera vulnerabilidades. Gourinchas ressaltou que o uso de financiamentos de prazo mais curto pelo Departamento do Tesouro dos EUA visa economizar custos, embora essa estratégia também apresente riscos adicionais.
O FMI manteve suas previsões de crescimento global, mas destacou a desaceleração do ritmo de desinflação como um ponto de atenção. Além disso, a projeção de crescimento do Brasil para 2025 foi revista para 2,4%, impulsionada pela reconstrução do Rio Grande do Sul. O alerta do FMI sobre os desafios enfrentados pela economia global em meio ao cenário de dívida e financiamento nos Estados Unidos aponta para a necessidade de cautela e estratégias de mitigação de riscos por parte dos países e investidores.