O ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, que implementou a exigência de documento com foto para votar durante seu mandato em 2022, foi barrado em um posto de votação por não apresentar a documentação necessária. A medida, criticada por potencialmente afastar eleitores das urnas, resultou em cerca de 14 mil pessoas incapazes de votar no ano anterior à sua implementação. Mesmo após sua saída do governo, Johnson se viu afetado pela regra que ele mesmo estabeleceu.
A nova lei eleitoral, que exigia evidência de identidade dos eleitores, substituiu o método anterior no qual bastava informar nome e endereço para votar. Johnson defendeu a medida como uma forma de evitar fraudes eleitorais, mas a exigência de documento com foto gerou controvérsias em relação à participação dos cidadãos no processo democrático. Uma pesquisa da YouGov revelou que 14% dos britânicos não estavam cientes dessa nova exigência, o que levou à exclusão de um número significativo de eleitores nas eleições subsequentes.
A situação irônica em que Boris Johnson se encontrou, sendo impedido de votar por não portar o documento obrigatório, ressalta a importância e as repercussões das mudanças nas regras eleitorais. A necessidade de equilibrar a segurança do processo eleitoral com a garantia da participação democrática plena dos cidadãos continua sendo objeto de debate e reflexão no cenário político do Reino Unido.