O presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu Magda Chambriard para substituir Jean Paul Prates na presidência da Petrobras após consultas com Dilma Rousseff e Aloizio Mercadante. A reação dos mercados foi negativa, com as ADRs da empresa nos EUA caindo e a expectativa de queda das ações da Petrobras na abertura do mercado. Prates, indicado pelo PT no Senado, perdeu espaço devido a conflitos com o governo e propostas polêmicas, como a distribuição de dividendos.
A escolha de Chambriard, ex-diretora geral da ANP, foi resultado de conversas de Lula e da busca por um aliado do Planalto com ligação direta com o presidente. A percepção de intervenção do governo na empresa aumentou a desconfiança dos investidores, refletindo-se na queda das ações no exterior. Prates viu sua situação se tornar insustentável devido a desentendimentos com ministros e propostas consideradas inviáveis, culminando em sua demissão.
A troca de presidente na Petrobras gerou impacto negativo nos mercados, evidenciando a importância das relações políticas e dos alinhamentos estratégicos na gestão de empresas estatais. A decisão de Lula reflete a busca por um perfil alinhado com o governo, mas levanta questionamentos sobre a autonomia da companhia. A incerteza resultante da mudança de comando sinaliza desafios à frente para a estabilidade e o desempenho da estatal.